Presa em SP, influenciadora e ex-bailarina Natacha Horana havia sido detida em Balneário Camboriú durante a pandemia
21/11/2024
Termo circunstanciado sobre caso em SC foi arquivado. Sobre prisão mais recente, defesa da mulher disse que ela "acabou sendo injustamente envolvida em investigação". Natacha Horana tem mais de 1 milhão de seguidores no Instagram
Divulgação
A influenciadora Natacha Horana, presa em São Paulo na terça-feira (19), já havia sido detida em 2020, durante a pandemia de Covid-19, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. Com 33 anos, a ex-bailarina do Domingão do Faustão teria participado, em julho de 2020, de uma festa ilegal durante a vigência de normas para frear o avanço da doença.
À época, a Guarda Municipal da cidade informou que Natacha foi detida por desacato e por resistir à fiscalização. Conforme o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), o termo circunstanciado sobre o caso foi arquivado.
Sobre a prisão nesta semana, a defesa da bailarina disse que ela "acabou sendo injustamente envolvida em investigação apenas porque, anos atrás, acabou conhecendo uma das pessoas investigadas" (nota abaixo). Em relação ao caso de 2020 a defesa não respondeu.
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Caso em Balneário Camboriú
Em 2021, ela ingressou com ação por danos morais contra a prefeitura e, em 12 de novembro deste ano, a Justiça condenou o município catarinense a indenizá-la em R$ 20 mil. Ao g1, a prefeitura informou que não irá comentar o caso. O g1 não conseguiu contato com o Tribunal de Justiça.
Quando foi detida, conforme o registro na polícia, Natacha teria intimidado os fiscais e os impedido de, junto com guardas, fazer as filmagens necessárias para a confirmação do descumprimento de ordem municipal de proibição de festas para evitar aglomeração e conter o avanço do coronavírus.
O caso aconteceu em um apartamento na cidade (assista ao vídeo abaixo).
Mulher é detida por desacato após resistir a fiscalização em Balneário Camboriú
Reveja reportagem da época: Mulher foi detida por desacato em uma festa irregular em Balneário Camboriú
No processo, conforme as informações que constam no processo e no qual o g1 teve acesso, a defesa da influenciadora disse que os guardas entraram no apartamento em que ela estava e exigiram entrar ao quarto em que estava descansando, e que um fiscal da prefeitura ingressou no quarto, iniciou uma filmagem sem o consentimento dela e que dois guardas a imobilizaram e algemaram, com o uso desproporcional de força e agressividade.
A defesa dela também afirmou que as imagens da ocorrência, especialmente aquelas extraídas de dentro do apartamento teriam sido vazadas pelos agentes públicos e divulgadas indevidamente em jornais e sites de fofocas.
No processo, Natacha pediu indenização por danos morais no valor inicial de R$ 75 mil. A Justiça considerou parcialmente procedente e condenou o município ao pagamento de indenização por danos morais por conta da divulgação indevida de imagens.
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Prisão em São Paulo
Além da prisão da bailarina, que é natural de Jundiaí (SP), foram apreendidos quatro celulares, um notebook, duas câmeras fotográficas, dois relógios, um colar, um HD externo e diversos documentos, além de R$ 119.650,00 em espécie.
Um veículo de luxo também foi apreendido. De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como captura de procurado e cumprimento de mandado de busca e apreensão, mas a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) não informou o motivo da prisão de Natacha.
O que disse a defesa
“A defesa da modelo e bailarina Natacha Horana Silva esclarece que, de forma abusiva e injustificada, ela acabou sendo injustamente envolvida em investigação apenas porque, anos atrás, acabou conhecendo uma das pessoas investigadas.
Conforme se demonstrou no processo, sua menção e prisão foi um equívoco porque ela jamais praticou qualquer ato ilícito, direto, indireto ou colaborativo. E diante disso, e principalmente pela inexistência de indícios de seu envolvimento e motivos para a continuidade dessa medida, aguarda-se o exame de pedidos feitos visando o imediato restabelecimento de sua liberdade e dignidade. São Paulo, 19 de novembro de 2024″.
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