Por que o Brasil enterra tanto lixo reciclável?

  • 03/11/2025
(Foto: Reprodução)
Por que o Brasil enterra tanto lixo reciclável? Por que o Brasil enterra tanto lixo reciclável? 🚮 Em média, cada brasileiro gera cerca de 1 kg de lixo por dia, o que equivale a aproximadamente 380 kg por ano. Mas apenas 8,3% do lixo gerado nas cidades é, de fato, reciclado, de acordo com a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). Em 2024, o que não foi reciclado — mais de 70 milhões de toneladas de resíduos — teve dois destinos: aterros sanitários, onde o lixo é enterrado, ou lixões, a pior alternativa para o meio ambiente. 🚨Vale lembrar que os lixões deveriam ter sido extintos em agosto de 2024, mas ainda existem mais de 1.500 em funcionamento. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil perde cerca de R$ 38 bilhões por ano ao enterrar ou descartar em lixões materiais recicláveis e orgânicos que poderiam voltar à economia. E por que esse desperdício? Apenas cerca de 30% das cidades brasileiras contam com programas de coleta seletiva. De acordo com o IBGE, todas as cidades com mais de 500 mil habitantes já implantaram o serviço. O maior desafio está nos municípios pequenos. Especialistas apontam três fatores principais para o baixo índice de reciclagem no país: O sistema de tributação: hoje, materiais recicláveis são tributados como se fossem matéria-prima nova. Isso faz com que o produto reciclado acabe pagando imposto duas vezes — na venda do material pela cooperativa e depois na indústria que o utiliza. No fim, o reciclado pode até ficar mais caro do que o produto feito com matéria-prima virgem, o que reduz a competitividade da reciclagem. Falta de infraestrutura das cidades: faltam coleta seletiva, pontos de entrega e centrais de triagem. Falta de conscientização da população: muita gente não separa o lixo corretamente, ou até separa, mas tudo acaba indo para o mesmo caminhão. O lixo é responsabilidade dos municípios. De acordo com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), os principais desafios para ampliar a coleta seletiva no país são o alto custo financeiro, a complexidade de gestão e a baixa arrecadação para cobrir as despesas com resíduos. Segundo a FNP, o desequilíbrio financeiro é um dos maiores entraves: em 2022, por exemplo, os municípios brasileiros gastaram cerca de R$ 30 bilhões com coleta de lixo (seletiva e convencional), mas arrecadaram apenas R$ 9,9 bilhões — ou seja, só 32% dos custos são cobertos. a COP 30 e nosso futuro Excesso de energia pode provocar apagão? Coleta seletiva em Santos, SP Marcelo Martin/Divulgação Prefeitura de Santos

FONTE: https://g1.globo.com/meio-ambiente/cop-30/noticia/2025/11/03/por-que-o-brasil-enterra-tanto-lixo-reciclavel.ghtml


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