Economistas avaliam que um dos principais motivos para Selic continuar no maior patamar em 20 anos é o desequilíbrio das contas públicas

  • 12/12/2025
(Foto: Reprodução)
Economistas avaliam que desequilíbrio nas contas públicas pressionam selic Esta semana, o Banco Central manteve, pela quarta vez seguida, a taxa básica de juros em 15% ao ano. Economistas avaliam que um dos principais motivos para Selic continuar no maior patamar em 20 anos é o desequilíbrio das contas públicas. Existe uma correlação entre o trabalho dos diretores do Banco Central e o do barbeiro. Não tem corte da taxa básica de juros se o preço dos serviços sobe. Só que, em cenário de pleno emprego, é preciso disputar mão de obra qualificada. “Se o profissional não estiver locado em um local que ofereça uma estrutura boa, um bom rendimento, o mercado está cheio de opções”, diz o dono de barbearia Nilson Ribeiro. Enquanto a inflação de serviços gira em torno de 6%, a taxa de juros fica no maior nível em quase duas décadas. Era 10,5% em setembro de 2024 e subiu até estacionar em 15% em junho de 2025. Em setembro de 2024, o índice oficial de inflação estava abaixo do teto da meta: 4,5%. O que voltou a acontecer só agora em novembro. Ainda distante do centro do alvo do Banco Central, de 3%. “Essa política monetária contracionista agora está mostrando os sinais de que está funcionando. Eu preciso tirar a água da festa, o chope da festa, porque eu preciso diminuir a demanda. O PIB no terceiro trimestre cresceu 0,1%. Ora, isso foi uma demanda do Banco Central: eu preciso esfriar a economia”, diz Roberto Dumas, professor de economia da FIA Business School. Economistas avaliam que um dos principais motivos para Selic continuar no maior patamar em 20 anos é o desequilíbrio das contas públicas Jornal Nacional/ Reprodução Ao explicar a decisão de manter os juros, o Banco Central evitou dar sinais dos próximos passos. Disse só que o cenário é de “elevada incerteza”, o que exige “cautela na condução da política monetária”. Na avaliação dos diretores do Comitê de Política Monetária, ainda não é hora do corte de juros. Os economistas leram nas entrelinhas do comunicado que a autoridade monetária entende que os preços estão cedendo, a atividade econômica e o mercado de trabalho esfriando, mas ainda não o bastante. E dizem que seria mais rápido e barato se o Banco Central não fizesse sozinho o trabalho de controle da inflação. “Qual seria a melhor forma? Ter juros baixos e o governo controlando suas despesas. Não foi isso que aconteceu. Se o Brasil quer ter juros baixos e um crescimento mais consistente, nós precisaremos controlar o crescimento da despesa pública. Em especial, o que se chama despesa obrigatória, aqueles gastos do governo que ele tem que gastar independentemente do que aconteça na economia. O crescimento das despesas obrigatórias precisa ser controlado”, afirma Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual. No Banco Central e na barbearia, corte é questão de confiança. “Um dia, eu vi uma história de que o rei, as duas pessoas de maior confiança era o cozinheiro e o barbeiro, por motivos óbvios”, diz o professor André Mafra. “Para a gente ter confiança, por exemplo, de que a inflação no Brasil lá na frente vai ficar em 3% sem precisar de um juro tão alto, é necessário que fique mais claro de que forma o governo, qualquer que seja o governo daqui para frente, conseguirá controlar o crescimento da despesa pública”, diz Mansueto Almeida. LEIA TAMBÉM Copom mantém taxa básica de juros em 15% pela quarta vez seguida Boletim Focus: mercado financeiro reduz projeções de inflação para 2025 e 2026 e vê alta maior do PIB

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/12/12/economistas-avaliam-que-um-dos-principais-motivos-para-selic-continuar-no-maior-patamar-em-20-anos-e-o-desequilibrio-das-contas-publicas.ghtml


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